Ivy Merritt
1ª Parte – Ficha Técnica
Nome Completo: Ivy Merritt
Idade do Personagem: 16
Data de Nascimento: 17 de outubro
Nível: 3
Filiação: Ericka Merritt (mãe - viva); pai desconhecido.
Raça: bruxa
Ocupação: estudante; trabalha meio período como atendente na livraria e café Le Chat Noir.
Interesses: estudar, especialmente história e literatura, ler, correr.
2ª Parte – Histórico do Personagem
Por mais que eu pense, eu não consigo me lembrar de qualquer memória feliz relacionada à minha família. Não é de se admirar, observando a família na qual eu tive a “sorte” de nascer.
Minha mãe é viciada em drogas e trabalha como garota de programa. Ou trabalhava. Quando era jovem e bonita, ela era bastante popular, a ponto de poder escolher os programas que queria fazer. Mas aí vieram seus dois “acidentes de trabalho” (vulgo filhos) e sua vida foi destruída.
É essa a versão que ela conta, pelo menos, sempre nos culpando. Como se tivéssemos nascido só para destruir sua vida. A verdade é que vieram seus vícios e uma hora ela já não era mais uma jovenzinha. De qualquer forma, do jeito que ela está agora ela só consegue fazer alguma coisa quando não está drogada demais, e só com quem não pode pagar muito.
Dá para imaginar que a nossa situação financeira não deve ser boa. É levemente desesperadora, para dizer a verdade. Principalmente desde que Jason morreu de overdose, há algumas semanas.
Eu nunca gostara dele. Meu meio-irmão (porque não temos o mesmo pai) era rude, agressivo, violento, estava sempre de mau-humor e tomava o mesmo tipo de decisões estúpidas que a minha mãe. Como a de usar drogas também, e a de virar traficante para arrumar dinheiro. Mas era verdade que pelo menos ele ajudava com as despesas.
Eu não derrubei nem uma lágrima por ele. Não, eu chorei por mim. Sem ele para ajudar e com minha mãe para roubar e torrar o dinheiro, meu emprego de meio período não vai dar conta mais. Isso sem falar dos homens que vêm cobrar dívidas dos traficantes. Estão ficando cada vez mais frequentes as “visitas”, e cada vez mais violentas. Já perdi a conta de quantas vezes eu tive que fugir e me esconder quando eles me viam voltando para casa e iam atrás de mim. Isso já acontecia anos atrás, mas quando Jason começara a trabalhar para eles as cobranças tinham passado a ser com ele na maioria das vezes. Eu já voltei pra casa para encontrar a porta arrombada, objetos e dinheiro faltando, e minha mãe encolhida em um canto depois de apanhar. Os vizinhos obviamente não tinham feito nada para ajudar. Bom, ninguém nunca fazia nada de qualquer forma.
Eu não queria procurar por um trabalho de tempo integral porque já está difícil estudar do jeito que está. Eu faço o meu melhor na escola e me recuso a abandoná-la porque estudar é a única coisa que eu faço bem e gosto, além de ser minha única esperança. Meu sonho é conseguir uma bolsa em uma boa faculdade para poder sair desse inferno.
Às vezes eu não consigo evitar e meio que rezo, meio que faço um desejo, para nenhuma entidade ou energia cósmica em específico, que algo ou alguém me salve. Eu odeio quando eu faço isso, porque é fraqueza. Não adianta ficar esperando por milagres ou príncipes em cavalos brancos, é inútil. Eu adoro ler histórias sobre esses temas, aventuras fantásticas em que os mocinhos sempre ganham e vivem felizes para sempre, mas nunca me permito trazer isso para a vida real. Essas ilusões são só para o momentos em que eu quero esquecer um pouco meus problemas e para o mundo dos livros. Na vida, se você quer fazer alguma coisa, faça você mesmo. Não espere por ajuda, nem confie em ninguém.
Se você está curioso quanto ao meu pai, sinto lhe informar, eu também estou. Nem minha mãe sabe quem ele é, ou pelo menos é isso que ela diz. Às vezes eu acho que ela sabe sim muito bem quem ele é, mas não fala porque não vale pena. E talvez não valha mesmo. Ou talvez ele esteja morto, não sei. A única utilidade que ele teria seria a de dar pensão, porque eu não tenho intenção nenhuma de ter que lidar com outro progenitor que não seja minha mãe, que já dá trabalho o bastante.
Aliás, a única razão de eu me dar ao trabalho de lidar com ela é pena. Eu já deveria ter expulsado-a de casa faz muito, muito tempo. Já estou farta de ter que aturar seu mau-humor, vagabundice, suas alucinações e desilusões, seus amantes. Ela nunca fez nada por mim, mas não consigo abandoná-la por causa desse maldito vínculo de filiação. Eu me odeio por isso. Já me prometi várias que a próxima vez que ela roubasse meu dinheiro para comprar droga eu a botaria para fora de casa, mas eu não fiz isso até agora. Porém, esse dia vai acabar chegando. Se ela não acordou pra vida nem com a morte de Jason, nada vai acordá-la. E eu quero seguir meu caminho sem ela pra me atrapalhar.
Eu disse que eu não tenho memórias felizes relacionadas quanto à minha família, mas não quer dizer que eu não tenha
nenhuma lembrança feliz. Afinal, nem só de tragédias vive uma garota.
A primeira de que eu consigo me lembrar é de quando eu descobri a biblioteca da escola. Eu estava na terceira série, eu acho. Ela ficava nos fundos do prédio, era ignorada pelos alunos e a bibliotecária mais pintava as unhas do que cuidava dos livros. Mas eu me encantei. Eu a tinha procurado porque minha mãe tinha dito que não ia comprar os livros dos quais eu precisava para a aula de inglês naquele ano, então eu ia ter que pegar emprestado. Mas acabei devorando não só os livros pedidos como muitos outros.
Quando eu era criança, a sensação de viver outras vidas, conhecer outro lugares, pessoas e culturas que só os livros dão parecia mágica. Eram meus momentos favoritos. Hoje em dia eu leio mais para me distrair, escapar um pouco da minha vida.
Meus outros momentos felizes são relacionados à minha melhor amiga de alguns anos atrás, Macy. Nós duas tínhamos ficado fora dos grupinhos da sala, então acabamos ficando amigas. Mesmo para ela eu não contava o que acontecia na minha família, mas acho que ela desconfiava um pouco já que eu nunca a convidava para ir em casa. Eu adorava os pais dela porque eles pareciam ser os pais ideais e o casal perfeito. Mas quando tínhamos 13 anos ela teve que se mudar, e não nos vimos mais. Eu cheguei a mandar e-mails, mas ela só respondeu os dois primeiros. Depois, me esqueceu também.
3ª Parte – Personalidade & Preferências
Eu sou socialmente inapta. Acho que essa é a característica que mais transparece para as outras pessoas. Quando eu era pequena, eu era muito tímida, ao ponto de não conseguir falar um “ah” com alguém que eu não conhecesse. Hoje isso já melhorou muito, mas continuo sendo reservada, até por questões da minha vida pessoal. De que vale eu me aproximar de alguém se eu não vou poder sair com ela/ele, ou sem essa pessoa provavelmente vai se afastar quando descobrir sobre a minha família disfuncional e sobre o tipo de pessoa que vai na minha casa?
Mas também, não é como seu eu fosse muito interessante, ou como se eu gostasse de falar muito. Com a gritaria com a qual eu convivo tanto em casa quanto no bairro em que eu moro, prefiro o silêncio. No silêncio dá para pensar, refletir, ler. Algumas pessoas já tentaram se aproximar de mim, e eu já cheguei a ter um amigo ou dois. Mas eles sempre acabam indo embora, seja para pessoas mais interessantes, seja para outra cidade.
Sempre me sinto desconfortável com pessoas que eu não conheço bem, o que acaba sendo a maior parte do tempo. Eu nunca sei o que falar, nem quando falar. Também dificulta eu não ter os mesmos interesses que a maioria das garotas da minha idade. Quando eu fico observando os grupos de amigos da escola, eu até gostaria de poder rir e me divertir sem preocupações e conversar sobre nada de grande importância como eles, mas não posso, não consigo.
De qualquer forma, não tenho tempo pra amizades. Já é difícil estudar, trabalhar e lidar com meus sentimentos e problemas. Agora eu só tenho um foco em mente: estudar e conseguir uma bolsa em uma boa faculdade. É meu ticket para longe disso tudo, para uma vida melhor. Não posso me dar ao luxo de me distrair por outras coisas.
No meu tempo livre eu gosto de ler, de preferência literatura de fantasia e aventura, e de correr, especialmente à noite. É um pouco perigoso, mas como eu já disse, gosto do silêncio, e há algo de tranquilizador no escuro para mim. E a atividade física faz bem, é bom para liberar o estresse e para refletir.
4ª Parte – Aparência & Pertences
Artista do Avatar: Ellen Page
Avatar: Poste com o código abaixo
Código: hã, o fórum ta dizendo que ue não tenho permissão para postar links externos (?)
Acho que tenho um rosto comum. Cabelos castanhos, olhos castanhos, pele clara... Não sei se sou bonita ou não, sinceramente. Tem dias em que eu acordo e me amo quando olho no espelho, tem dias que eu tenho vontade de quebrá-lo. Queria ter mais paciência, tempo, vaidade e dinheiro para me cuidar, mas acho que mesmo se eu tivesse tudo isso, não faria muito mais do que agora. Um gloss transparente e um lápis preto é só o que eu uso geralmente. Não é como se eu tivesse ocasiões para me maquiar toda. Tenho 1,65 de altura, estou na média nisso também. Sou magra, mas não demais. Mantenho meus cabelos um pouco abaixo dos ombros, mas não muito, pois eu acho cabelos longos um pouco irritantes (e dá trabalho demais). Na maioria das vezes eu os mantenho em um rabo de cavalo feito rapidamente. Diria que sou um pouco branca demais, mas é porque odeio pegar sol.
5ª Parte – Atributos & Perícias
Constituição (CON) – 4
Força (FR) – 2
Destreza (DEX) – 3
Agilidade (AGI) – 5
Inteligência (INT) – 5
Força de Vontade (WILL) – 5
Percepção (PER) – 4
Carisma (CAR) – 2
Sabedoria (SAB) – 4
Riqueza (RIQ) – 1
Pontos de vida: (4 + 2) x 3 = 18
Iniciativa: (5 + 4 + 3) / 3 = 4
Perícias (23 pontos)
Blefar (lábia): 3
Conhecimento (ciências humanas): 5
Fúria feminina: 3
Furtividade: 4
Esportes (corrida): 2
Idiomas: inglês (nativo): 0; espanhol (aprendido na escola): 1
Intuir intenção/notar: 3
Negociação: 2
6ª Parte - Foco de Magia
Trevas.
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